31.8.09
7.8.09
Diário de Produção
Sinopse
Ao sair da aparente tranqüilidade do seu lar, uma jovem é perseguida por alguém. Não se sabe quem é, nem se existe um motivo para isso. Ela tenta escapar num ritmo frenético, mas terá que enfrentar seus maiores medos para descobrir a verdade.
Projeto
Em meados de 2007, Pierre Cortes, escreveu um rascunho com a primeira proposta. O projeto foi pensado para o formato “minutão” e iria ser colocado no Festival do Minuto. A proposta foi arquivada, pois na época boa parte da equipe que faria o curta estava envolvida em outros projetos.
Em 2008, Pierre Cortes e Rafael Ruzene se reuniram e estudaram a possibilidade de tornar “Alucinada” um projeto concreto. A partir daí foram feitas reuniões com definições de datas e etapas a cumprir. O projeto passou pelas fases de roteirização, escolha de locação e elenco, ensaios, pré-light, direção de arte, até finalmente chegar à produção.
Idéias novas
Ao discutir sobre o roteiro, vimos que essa história poderia ter muitos outros elementos e ser muito mais densa do que inicialmente pensamos. Na idéia original, a personagem via algo ou alguém no corredor e iniciava a fuga. O espectador não via quem era esta pessoa. Sentimos a necessidade de colocar mais um ator nesta cena, propiciando assim com que o espectador também tivesse acesso ao perseguidor da personagem.
Uma outra modificação que realizamos foi quanto à perseguição na rua. O original apenas mostrava o carro perseguindo a jovem. Adaptamos e colocamos o ator descendo do carro para correr atrás da personagem. Isso trouxe maior impacto e suspense à narrativa. Optamos por não mostrar o rosto do ator, mas somente seus pés.
Inicialmente tivemos a idéia de gravar a perseguição em uma rua ou avenida do centro da cidade de São Paulo. Como tivemos dificuldades com esta locação, decidimos transferir a gravação para uma vila particular e a mudança foi bastante benéfica e funcional para o curta.
Referências
De forma geral nos baseamos nas narrativas de suspense para dar o clima ao filme, utilizando mais especificamente a obra “O Iluminado” de Stanley Kubrick como referência principal.

Escolha do Elenco

Fabio Menezes, o “perseguidor”, foi também de grande ajuda. Nunca havíamos trabalhado juntos. Disponibilizou-se totalmente e fez exatamente a expressão que esperávamos do personagem.
Para a cena da perseguição do carro, como não foi possível a participação do próprio Fabio, contamos com o ator Marcelo Hessel.
Busca de Locação
Foi então que surgiu a idéia de procurarmos Antero Galo, um amigo que mora em um apartamento no centro da cidade.
A segunda locação seria uma rua ou avenida bastante ampla. A Avenida Ipiranga, a Igreja São Bento e imediações nos surgiram imediatamente como opção. Aí nos deparamos com um problema: a segurança com os equipamentos. Como o curta era de baixíssimo orçamento, isso iria certamente trazer implicações financeiras.
Foi então que lembramos de Mario Arrebola, um amigo que mora em uma vila fechada no bairro do Belém. Ligamos para ele, explicamos o projeto e marcamos uma data para conhecermos a locação. Foi um verdadeiro tesouro em nossas mãos. O local era perfeito e havia segurança para a equipe e equipamentos. Alem disso, Mario deu total apoio ao projeto, cedendo sua casa e verificando a autorização para a filmagem. Desta forma já tínhamos as duas locações que faziam parte do curta.
A Vila Maria Zélia
Tivemos a grande e simpática ajuda do Seu Dedé, uma espécie de anfitrião e morador da Vila. Ele nos deu todo o apoio. No dia da filmagem cedeu a energia elétrica de sua casa e ajudou na comunicação com os outros moradores.
Ensaio

Com as fotos conseguimos criar um fotoboard, que nos auxiliou muito no processo de filmagem, pois já sabíamos exatamente como deveriam ser as cenas. Percebemos também que este processo facilitou a performance da Fernanda no dia da gravação. Era como se estivéssemos fazendo uma regravação das cenas.
Na Vila Maria Zélia, o processo foi praticamente semelhante. Como não foi possível a atriz ensaiar na data em que lá estivemos, nós escolhemos todo o trajeto que a personagem faria e já fomos fotografando tudo, marcando posicionamentos e criando uma sistemática simples para o dia da gravação.
Com o Fábio não houve ensaio, pois sua cena era muito rápida, embora de grande importância. Fizemos algumas marcações no dia da gravação, realizamos alguns testes e logo depois demos início à filmagem.